18/01/08

LEITURAS - 63



[Perto do coração selvagem]

"Olhou-se ao espelho antes de sair, de olhos entrefechados observou o rosto bem feito, o nariz recto, os lábios redondos e carnudos. Mas afinal de nada tenho culpa, disse. Nem de ter nascido. E de repente não compreendeu como pudera acreditar em responsabilidade, sentir aquele peso constante, todas as horas. Ela era livre... Como tudo se simplificava às vezes..."

Clarice Lispector
in "Perto do Coração Selvagem"

Etiquetas:

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com Licença Creative Commons