23/01/10

OS MEUS POETAS - 132




Os corvos crocitam na noite
Nuvens de poeira amarela sobre os muros da cidade.
Os corvos voltam aos seus ninhos e crocitam nos ramos.
Por detrás da cortina azulada da sua janela,
uma jovem tece um brocado em seu tear.
De repente, pára com a lançadeira: pensa tristemente
no marido que está longe.
E, sozinha, no quarto vazio, deixa cair uma chuva de lágri
mas.


Li Po

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